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Gordura abdominal: a mais perigosa
Manter-se magro. Acho que nunca tantas pessoas acalentaram tal desejo por tanto tempo. Não é fácil, os ponteiros que o digam. Mas, talvez mais do que a preocupação com a estética, o foco deveria ser o que acontece com o fígado ou mesmo o coração. E, quando se fala em saúde, a principal preocupação precisa ser com a gordura abdominal. "As células de gordura do corpo estão constantemente enchendo-se e esvaziando-se. E, ao esvaziarem, jogam na corrente sanguínea ácidos graxos e glicerol", explica o endocrinologista Alfredo Halpern, da Universidade de São Paulo. "A proximidade com o fígado faz com que, primeiro, essas substâncias se depositem no órgão", completa. Isso provoca a chamada esteatose hepática, que não é uma doença em si, e, sim, o resultado de desordens metabólicas. A longo prazo, ela pode fazer com que o fígado pare de funcionar.
Existem basicamente dois tipos de gordura abdominal. "A visceral, que, como o nome diz, esconde-se entre as vísceras e é a mais perigosa", diz Halpern. Já a subcutânea fica sob a pele e está menos entranhada entre os órgãos. É fácil diferenciar uma da outra: se você deitar e sua barriga esparramar para os lados, é subcutânea. Se ficar rígida feito uma bolinha é vísceral. As duas devem ser combatidas. A conta para saber se a gordura abdominal está comprometendo a sua saúde é a seguinte: meça a região que fica entre a última costela e a crista ilíaca, exatamente a cintura. Para as mulheres, se a medida ultrapassar 80 centímetros, e para os homens 94, já há um risco moderado de desenvolver os males relacionados a esse tipo de gordura. Mas o sinal de alerta toca mesmo se a medida ultrapassar 102 centímetros para os homens e 88 para as mulheres.
Fonte: Revsita Viva Saúde |